terça-feira, 6 de abril de 2010

QUOTIDIANO/EVERYDAY

O trabalho de Pinto fala do dia-a-dia. Ele desenha o indivíduo no seu ambiente familiar ou capta os confrontos entre o cidadão comum e o governo.

Tem um estilo próprio que nos recorda Picasso. Em especial ocorre-nos o mural Guernica  (1937), tanto pelo assunto como  pela forma como Picasso retrata as pessoas deslocadas, fragmentadas. Os invíduos que fazem a galeria  de desenhos de Pinto, tal como no trabalho de Picasso, tomam diferentes formas, com corpos que se estendem sem fim, tornando-se mais largos ou mais finos, transformando-se em criaturas estranhas. Mas os desenhos de Pinto são mais rápidos, mais agressivos.


As suas composições são frequentemente descentradas, a sua narrativa não é linear, antes simultânea, tudo acontece ao mesmo tempo, dando ao espectador a sensação de que uma tempestade acabou de passar. Frequentemente Pinto trabalha em series onde cada tema é trabalhado de forma sequencial, narrando assim toda a história em diversas partes.

Pinto formou-se em 2004 em design na Escola Nacional de Artes Visuais e mais tarde em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico da Universidade Eduardo Mondlane.

“Maputo, a tale of one city”
Catálogo – AA VV
Fotografia/Photo: Filipe Branquinho

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