O olho e o olhar de Mauro Pinto
A fotografia é uma forma de comunicação, uma linguagem de leitura universal tendo ao longo do tempo apoiado a nossa memória, quer individual quer colectiva, assumindo uma importância vital na evolução das artes e ganhando por mérito próprio um lugar entre elas.
O trabalho de Mauro Pinto é resultado de uma forte referência da tradição do fotojornalismo Moçambicano e da sua tradução para uma linguagem contemporânea, reinventando consigo novos formalismos e temáticas. Há uma clara dualidade no seu trabalho, entre a continuidade de nos mostrar os alertas sociais que se apresentam ao seu redor e o rompimento de uma dialéctica de leitura directa, experimentando, sem preconceitos, novas soluções estéticas e conceptualmente mais complexas. O seu trabalho assume uma dicotomia entre o regional e o global, entre norte e sul, entre a abundância e a escassez. Mauro Pinto é um fotógrafo comprometido com um olhar de alerta do seu tempo. Representa a resistência de um contexto periférico e a coragem da inevitável afirmação de um olhar original em circuitos regionais e inter-continentais, afirmando-se como um fotógrafo de contrastes e de forte dinamismo social
tem no seu trabalho uma boa base para o entendimento de diferenças e semelhanças entre várias culturas. Com resultados formais mais ou menos complexos o seu espaço como comunicador de imagens já ultrapassa claramente o retrato do seu meio, estando no entanto bem evidente ao longo da sua obra, apresentando uma linguagem universal cada vez mais equilibrada, firme e lúcida.
tem no seu trabalho uma boa base para o entendimento de diferenças e semelhanças entre várias culturas. Com resultados formais mais ou menos complexos o seu espaço como comunicador de imagens já ultrapassa claramente o retrato do seu meio, estando no entanto bem evidente ao longo da sua obra, apresentando uma linguagem universal cada vez mais equilibrada, firme e lúcida.
Mauro Pinto tem vindo a posicionar-se entre as referências Nacionais no contexto fotográfico, tendo ainda um largo espaço de evolução, afirma-se como um dos obreiros da nova fotografia Moçambicana
António Vergílio
Fotografia/Photo: Filipe Branquinho
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