A
reflexão centra-se no conceito de Identidade (s), sobretudo na Identidade
fragmentada, construída, adquirida, forjada, inventada, do homem contemporâneo,
do cidadão crioulo/global. Denuncia a Identidade e limites da própria língua
como veículo identitário. O passaporte como uma frame, um limite, um guia de
circulação, limites, pertença, territorialidade. As discrepâncias entre as
vivências geográficas e as pertenças históricas; quando o papel da burocracia
na construção de barreiras, de fronteiras não só reais como mentais e simultaneamente,
é a mesma burocracia que suprime as demarcações implícitas, inscritas em cada
documento (por isso a manutenção e exibição nos trabalhos dos carimbos, vistos,
autorização de residência, os prazos de renovação, prorrogação).
Este
trabalho pode ser enquadrado dentro da ideia, e de uma certa leitura de
identidades pós-coloniais, mas ultrapassando o binómio Portugal/Ex-colónias,
proponho a extensão deste trabalho e desta reflexão para um espaço mais global.
Sendo eu Português e Cabo-verdiano de nacionalidade, este é também um trabalho de auto-retrato.
Identidade(s) no Limite de Abraão Vicente será a ocupação temporária do Bar Boaventura, na Rua da Praia
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