“Estrangeiros” é a palavra mote que serve de ponto de partida para
a intervenção artística de 5 artistas
moçambicanos e 1 angolano, de diferentes áreas de criação. Os ocupantes
estão baseados em territórios que
facilmente se identificam com a temática proposta, e trazem-nos abordagens
muito distintas, tanto ao nível da linguagem quanto ao nível do discurso
daquilo que podem ser as leituras e os significados da palavra estrangeiro.
Eugénia Mussa, João Petit Graça, Rui Tenreiro, Sandra Muendane e Tiago
Correia-Paulo, são os cinco
moçambicanos que se apresentam este ano, utilizando como suporte a pintura,
o vídeo, o som e a instalação de objectos, para abordarem um conceito que lhes é
familiar, dado o seu percurso académico e profissional que passou pela saída do
país.
Nesta exposição feita “em casa”, feita em território “familiar”, os
artistas aprofundam o olhar sobre as dimensões do que pode ser viver-se como
“outro”, como “estranho”, para lá da dimensão geográfica ou fronteiriça que o
tema encerra.
Paulo Kapela, artista angolano que aborda as temáticas da cultura bantu muito para
além das fronteiras políticas trará um discurso transnacional, incitando a paz e a
união dos povos,pela criação e recriação manifestos que aliam religiosidade, misticismo e
a tradição com ícones, realidades e materiais contemporâneos.
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