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Usando armas desactivadas, que foram armazenadas durante a guerra, Gonçalo cria objectos que parecem demonstrar uma metáfora sobre a violência, mas que ultrapassam já a questão bélica.O sonho, a religião, as relações sociais, são quotidianos presentes nas peças do artista; auto-retratos e retratos de outros, integram a sua galeria que parte sempre do ferro velho, do desperdício, do dispensável, do já usado e já gasto.
Sem nunca abandonar os restos de guerra, o artista insiste em libertar-se dela, da guerra, transformando as suas sobras, as suas memórias, em vida comum, fazendo com as suas criações fortes declarações políticas. Sem exaltações.
Texto elaborado a partir de Myweku
Fotografia/Photo: Filipe Branquinho
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